terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O Espelho e suas Verdades (Parte 01)

“Chego a achar graça quando ouço aquele ditado
Que o certo é o certo e o errado é o errado
Que pretensão mais descabida essa, rotular é um tremendo equívoco
Nosso interior é um labirinto, e o ser humano é recíproco

Ninguém é Deus e ninguém é Diabo
Mesmo errando a gente acerta, e quando acerta, faz errado
Quando arriscamos perdemos, mas se não arriscamos, não ganhamos
Cada espelho tem seu reflexo, assim como cada ser humano

Ninguém é bom, ninguém é mau
Somos todos viajantes
Andando por essa estrada infernal
Escondemos em nosso interior, o lobo uivante

Dizem que o amor liberta
Quando na verdade, ele condena
Condena o bom senso, o egoísmo
Condena tudo ao nosso redor, sem haver sequer um motivo

Ninguém é bom o bastante
E nem ruim o suficiente
Você não passa de um ser errante
Que assim como eu, se arrasta em suas correntes

Dizem que o tempo é um devorador
Para mim, ele é mais que isso
É um elemento enlouquecedor, a verdade é essa
Capaz de transformar tudo em nada, ou vice-versa


Aprendemos com os erros
E erramos quando aprendemos
Palavras são duradouras,
Quanto as atitudes, permanecem efêmeras

O diálogo vence a guerra
E mesmo sabendo disso, o homem erra
Erra talvez, não porque goste de errar,
Mas porque acredita no que deseja, acredita que mesmo errando, ainda pode acertar

Muitos falam o que pensam
Outros, pensam o que falam
E no final, tudo permanece igual,
A verdade em meio a mentira, a mentira em meio a verdade

O começo se entrega ao fim
E o presente, se entrega ao final
A vida e seus mistérios, o tempo e seus enigmas
Onde toda loucura é sábia, onde a ilusão encontra a mútua realidade”.




-G F J                                                                                                                 21/06/2014

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