“Chego
a achar graça quando ouço aquele ditado
Que
o certo é o certo e o errado é o errado
Que
pretensão mais descabida essa, rotular é um tremendo equívoco
Nosso
interior é um labirinto, e o ser humano é recíproco
Ninguém
é Deus e ninguém é Diabo
Mesmo
errando a gente acerta, e quando acerta, faz errado
Quando
arriscamos perdemos, mas se não arriscamos, não ganhamos
Cada
espelho tem seu reflexo, assim como cada ser humano
Ninguém
é bom, ninguém é mau
Somos
todos viajantes
Andando
por essa estrada infernal
Escondemos
em nosso interior, o lobo uivante
Dizem
que o amor liberta
Quando
na verdade, ele condena
Condena
o bom senso, o egoísmo
Condena
tudo ao nosso redor, sem haver sequer um motivo
Ninguém
é bom o bastante
E
nem ruim o suficiente
Você
não passa de um ser errante
Que
assim como eu, se arrasta em suas correntes
Dizem
que o tempo é um devorador
Para
mim, ele é mais que isso
É um
elemento enlouquecedor, a verdade é essa
Capaz
de transformar tudo em nada, ou vice-versa
Aprendemos
com os erros
E
erramos quando aprendemos
Palavras
são duradouras,
Quanto
as atitudes, permanecem efêmeras
O
diálogo vence a guerra
E
mesmo sabendo disso, o homem erra
Erra
talvez, não porque goste de errar,
Mas
porque acredita no que deseja, acredita que mesmo errando, ainda pode acertar
Muitos
falam o que pensam
Outros,
pensam o que falam
E no
final, tudo permanece igual,
A
verdade em meio a mentira, a mentira em meio a verdade
O
começo se entrega ao fim
E o
presente, se entrega ao final
A
vida e seus mistérios, o tempo e seus enigmas
Onde
toda loucura é sábia, onde a ilusão encontra a mútua realidade”.
-G F J
21/06/2014
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